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sábado, 18 de abril de 2015

A que horas foi Cristo crucificado?

A que horas foi Cristo crucificado?



Há uma aparente contradição entre Marcos 15.25, o qual declara que Jesus foi crucificado nove horas da manhã da sexta-feira, e João 19.14, o qual diz que o julgamento de Cristo ainda prosseguia por volta do "meio-dia", indicando que a crucificação teria ocorrido mais tarde ainda. João 19.14 afirma: "Era o Dia da Preparação na semana da Páscoa [paraskeuē] por volta do meio-dia". É óbvio que um desses evangelistas cometeu um erro, ou seu texto foi copiado errado, ou as horas do dia são mencionadas por João de acordo com um sistema diferente daquele adotado por Marcos. Deve-se mencionar que Mateus e Lucas seguiram o mesmo sistema de Marcos: todos os três dizem que, quando Jesus pendia da cruz, uma escuridão encobriu a terra ao meio-dia a qual permaneceu até três horas da tarde, quando Jesus entregou o espírito (Mt 27.45; Mc 15.33; Lc 23.44). Há total concordância entre todos os especialistas em que, nos sinóticos, as horas são contadas a partir do nascer-do-sol, aproximadamente às seis horas. Significaria, assim, que Cristo foi crucificado às 12 horas, de modo que as trevas sobrenaturais teriam durado do meio-dia às 15 horas.
Essa aparente contradição foi tratada de modo confuso pelos comentaristas antigos, que tentaram corrigir o texto. Eusébio salientou que o número "três" era indicado pela letra "gama" maiúscula, enquanto o "seis" por um "digama" (letra semelhante à nossa f). O copista julgou ter visto o traço horizontal adicional e mudou o "três" para "seis". Entretanto, isso não resolve o problema de modo algum, porque João 19.14 não indica o momento em que Cristo foi crucificado, mas a hora em que ele compareceu diante de Pilatos, para ser julgado. Assim, ainda que muitos estudiosos brilhantes tenham favorecido a teoria do erro textual (como Beza, Bengel, Alford e Farrar), é basicamente inverídica e totalmente desnecessária.
Não existe dificuldade alguma no texto, desde que entendamos ter João usado o sistema de horas oficial em Roma. A evidência de um dia civil que se inicia mediante a numeração das horas após a meia-noite, é decisiva e final. Plínio, o velho (Natural History, 2.77) faz a seguinte observação: "As horas do dia têm sido contadas de modos diferentes, em países diferentes. Os babilônios consideram o período entre o nascer-do-sol de um dia e o do outro. Os atenienses consideram o período entre um pôr-do-sol e outro. Os úmbrios de um meio-dia ao outro. Os sacerdotes romanos e outros definem o dia civil, como os egípcios e hiparcos, de meia-noite a meia-noite". O fato é confirmado por Macróbio (Saturnalia 1.3): "o dia, que segundo os romanos começa na sexta hora da noite". (Deve-se explicar que para os antigos as horas não tinham a mesma duração ao longo do ano, pois dividiam o intervalo entre o nascer-do-sol e o pôr-do-sol em doze partes iguais, conhecidas por horae — não importando a estação do ano.) Assim, o que seria seis horas segundo o sistema civil romano (e igualmente de acordo com a nossa prática moderna) seria a primeira hora, conforme o costume ateniense e hebraico. Então, eram nove horas quando se encerrou o julgamento de Cristo, e ele foi conduzido ao Gólgota para ser crucificado. A percepção de ter havido um sistema de contagem das horas, diferente do nosso, remove todas as discrepâncias entre João e os sinóticos.
Mas poderíamos perguntar: Por que João seguiu o sistema oficial romano, se vinha do mesmo extrato cultural dos outros evangelistas? A resposta está na época e no local da composição do seu evangelho. Como salienta McClellan, "João escreveu seu evangelho em Éfeso, a capital da província romana da Ásia, pelo que teria seguido o sistema romano de contar o tempo. Na verdade, ele o emprega, ao fazer o dia estender-se até à meia-noite — 12.1; 20.19" (Christian evidences, 1: 741).
João 20.19 refere-se ao fato de o evangelista registrar a primeira aparição de Cristo ao discípulos em Jerusalém como tendo ocorrido na segunda parte (opsia) do primeiro dia da semana. Isso comprova definitivamente que ele não considerava o segundo dia da semana como começando no pôr-do-sol, como os palestinos faziam (copiados pelos sinóticos). Sabemos do relato de regresso dos dois discípulos de Emaús, ao pôr-do-sol, que já estava escuro quando
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levaram a notícia aos apóstolos; portanto, algumas horas se passaram depois do crepúsculo quando o próprio Jesus apareceu ao grupo de discípulos naquele domingo à noite. O fato de João seguir o horário romano fica, pois, bem estabelecido; a razão por que o faz seria o local e época da composição de seu evangelho, presumivelmente em Éfeso, por volta de 90 d.C, ou logo depois.


Enciclopédia de Temas Bíblicos


Respostas às principais dúvidas, dificuldades e "contradições" da bíblia


Gleason Archer

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