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sábado, 18 de abril de 2015

Em que dia da semana foi Cristo crucificado?

Em que dia da semana foi Cristo crucificado?
Mateus 12.40 declara: "Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra". 

Se a tradição em geral aceita que Cristo foi crucificado na sexta-feira da Semana Santa, morrendo às quinze horas (à hora nona dos romanos), ressurgindo na madrugada do domingo, estiver certa, como é possível dizer-se que Jesus esteve três dias e três noites na sepultura? Ele havia sido sepultado ao redor das dezoito horas, segundo Lucas 23.54. ("Era o Dia da Preparação [hēmera paraskeuēs], e estava para começar [epephōsken] o sábado".) Isso significaria que o período de sepultamento foi de sexta-feira à noite, até sábado à noite, ocorrendo a ressurreição na madrugada de domingo; significaria também que se passou apenas um dia completo, iniciado com o pôr-do-sol e terminado com o nascer-do-sol, a saber, o sábado. De que modo teríamos "três dias e três noites", se contarmos duas noites e um dia? Não teria a crucificação ocorrido na verdade na quinta, ou mesmo na quarta-feira?
É verdade que se a crucificação ocorreu numa sexta-feira, não poderia haver três dias completos, de 24 horas. Tampouco teríamos três dias se a crucificação houvesse ocorrido na quarta-feira. É que Jesus morreu às 15 horas de sexta-feira e ressurgiu cerca de seis horas de domingo. Nesse caso, a única maneira de se poder contar três dias de 24 horas é considerar que o Senhor ressurgiu à mesma hora (três dias depois, é claro) em que foi crucificado, isto é, às 15 horas da segunda-feira. No entanto, o fato é que o Senhor ressurgiu no "terceiro dia" (1 Co 15.4). É óbvio que se Ele ressuscitou no terceiro dia, não poderia ter estado sepultado durante três noites e três dias inteiros. Isso exigiria que ele ressurgisse no início do quarto dia.
Qual é, portanto, o significado da expressão em Mateus 12.40: "... três dias e três noites no coração da terra"? 


Só pode significar três dias — parciais ou inteiros — de vinte e quatro horas. Significa, então, que Jesus morreu às quinze horas, ao final da sexta-feira (de acordo com o sistema de contagem hebraico dos dias, pelo qual o dia se inicia ao nascer-do-sol. Sexta-feira foi, então, o primeiro dia. Então, de sexta-feira às 18 horas até sábado às dezoito horas, teríamos o segundo dia. De sábado às 18 horas até domingo às 18 horas teríamos o terceiro dia, em que Jesus ressurgiu (isto é, às seis horas, ou um pouco antes). Cristo esteve no Hades (onde ainda estava o paraíso, ou o "seio de Abraão", de acordo com as indicações de Lucas 16.22-26; cf. Lc 23.43) durante alguns "pedaços" de três dias: sexta-feira, sábado e domingo. Isso também seria verdade, é claro, se os evangelistas contassem pelo método romano, de meia-noite a meia-noite.
Então por que as três partes de dias, a que Mateus 12.40 se refere, chamadas de "três dias e ò   três noites"? A resposta simples é que o único meio de um "dia" no sentido de "aurora até o crepúsculo", luz do sol, distinguir-se de um dia completo, com ciclo de vinte e quatro horas, seria mencionar esse dia como "uma noite e um dia" (i.e., o intervalo entre as 18 horas de um dia até as 18 horas do dia seguinte). Em outras palavras, a sexta-feira, como unidade de vinte e quatro horas, iniciou-se na quinta-feira às 18 horas e durou até a sexta-feira às 18 horas. Igualmente, o domingo começou às dezoito horas de sábado, segundo o modo de contar judaico (mas, à meia-noite de sábado, ou zero-hora, de acordo com o método romano). Portanto, de acordo com os costumes antigos, quando a pessoa queria referir-se a três dias separados, de 24 horas, diria o seguinte: "três dias e três noites" — ainda que na verdade estivesse falando de uma parte do primeiro e do terceiro dia.

Caso semelhante parece estar em 1 Samuel 30.12, em que a expressão "... havia três dias e três noites que não comia pão nem bebia água" iguala-se ao v. 13, com hayyôm šelōšāh ("há três dias") — que poderia significar apenas "anteontem". Se o escravo egípcio caíra doente no dia anterior a ontem (em relação ao dia em que Davi o encontrou), ele não podia ter estado sem alimento e sem água durante três dias inteiros. Precisamos acostumar-nos à maneira diferente pela qual as pessoas expressavam os intervalos de tempo. (De modo semelhante, a festa de Pentecostes era chamada de "festa das semanas", porque começava no quadragésimo nono dia depois da oferenda dos molhos de trigo no primeiro dia da festa dos pães asmos. No entanto, era conhecida como qüinquagésimo dia — Pentekoste, em grego.) 


Enciclopédia de Temas Bíblicos


Respostas às principais dúvidas, dificuldades e "contradições" da bíblia


Gleason Archer


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